Agora que estou finalmente licenciada e uma vez que estamos em perÃodo de candidaturas para o ensino superior, achei que era o timing ideal para fazer uns posts sobre isto. Nas próximas semanas vão sair posts sobre como escolher um curso superior, como enfrentar os 3 anos de uma licenciatura e o que fazer até depois dela.
No post de hoje venho contar-vos um pouco da minha experiência e dar-vos dicas que teriam sido úteis para mim quando escolhi o meu curso superior.
1. Tem a certeza de que queres ir para a universidade
Hoje em dia existem inúmeras opções de cursos não universitários que se podem fazer e, que variam, obviamente, tendo em conta as áreas. Para áreas mais práticas, como o turismo, a hotelaria, a restauração, existem inúmeras opções que não passam por seguir um curso superior e, que, se achas que é essa a tua vocação, devem ser exploradas. Acho que as pessoas ainda fazem muito a distinção entre quem segue o caminho da faculdade e quem não o segue, mas na minha opinião têm ambos o seu mérito e, o sucesso nada tem a ver com essa escolha, mas sim com a forma como a pessoa se desenvolve e enfrenta os obstáculos, escolha que caminho escolher.
2. Não te limites às áreas "que dão emprego"
Hoje em dia isto acaba por ser um understatement, porque o desemprego em Portugal está nos 7,4% (dados de abril/2018), tão baixo como em 2003. Sim, existem áreas com mais emprego que outras. Mas hoje em dia quem quer mesmo consegue, basta querer. Por isso não deixes que te desmotivem em ires para o que gostas por causa do emprego. Se fores o melhor, colherás os frutos bem suculentos do teu esforço.
3. Compara faculdades e planos de estudos
Esta é das melhores dicas que posso dar, mesmo antes de falar da minha experiência pessoal. A verdade é que os cursos até podem ter o mesmo nome, mas os planos de estudos variam sempre, nem que seja só um bocadinho, de universidade para universidade. Exemplo: no ISPA (Instituto Superior de Psicologia Aplicada) é dada mais importância à s áreas do desenvolvimento, da personalidade e da prática clÃnica. Na Universidade de Lisboa o plano é muito geral, dando uma vista geral das várias áreas, tal como no ISCTE (ao contrário do que a malta pensa, Psicologia no ISCTE já não é nem 100% nem 20% virada para as empresas). A grande questão aqui é que na Universidade de Lisboa apenas existe mestrado integrado e no ISCTE, existe licenciatura e depois mestrado (tal como no ISPA).
Este é só um exemplo da variabilidade entre as faculdades, mesmo estando a falar-se de um só curso.
4. Não tenhas medo de errar na escolha do curso
Dou o meu exemplo: por esta altura em 2015 estava indecisa entre Biologia/Ciências da Saúde e Psicologia. Depois, através de uma iniciativa da Inspiring Future, percebi que biologia talvez não fosse para mim, mas que gostaria de seguir neuropsicologia e fazer investigação, tendo sido essa a minha motivação para me candidatar a psicologia, no paÃs inteiro. Primeira fase entro em Coimbra e o mundo desaba. Segunda fase entro na minha primeira opção, o ISCTE. O que aconteceu? No fim do primeiro ano toda essa ideia de seguir neuropsicologia caiu completamente por terra e já não era de todo o que eu queria. Passei o segundo ano um bocadinho perdida, até perceber que se calhar eu queria era trabalhar nas empresas, com as pessoas. Três anos depois de ter posto na cabeça que queria neuropsicologia, estou à espera de começar o mestrado em recursos humanos.
O que eu quero dizer é que, se chegares ao fim do 1º ano e achares que afinal aquilo não é bem o que tu querias, tens duas opções: podes sempre mudar de curso, que não é vergonha nenhuma e que é, quase sempre, a melhor coisa que podes fazer; ou continuas no teu curso, que podes não gostar assim tanto, mas que até acabas por perceber que te dá uma data de ferramentas importantes e por vezes te ajuda a aclarar a mente e perceber o que queres na verdade fazer depois de te licenciares.
5. Não tenhas medo de arriscar
A idade ideal para correr riscos é agora. Por isso a minha melhor dica é arriscar. Em tudo neste caminho de faculdade devemos arriscar. Achas que não entras no curso que queres mesmo? Arrisca, tanto em 1ª como em 2ª fase, podes muito bem ter uma surpresa. Achas que faculdade tem pouco para te oferecer sem serem as aulas? Arrisca. Arrisca mesmo, porque já lá foi o tempo em que ser estudante universitário era ir às aulas e fazer avaliações. Arrisca na tua Associação de Estudantes, nas associações estudantis das faculdades, na Tuna quem sabe. Faz mais para além da universidade tradicional. Isso será o que te vai diferenciar e abrir novas portas. Achas que a faculdade é um mundo novo e que ninguém vai perceber-te? Arrisca. Toda a gente já esteve no teu lugar e, se olhares para o lado, verás que tens centenas de pessoas a passar exatamente pela mesma experiência, por isso de todo que estás sozinho.
Há quem diga que a faculdade são os melhores anos da tua vida. Eu digo que a faculdade pode ser isso ou muito mais, ou ainda qualquer outra coisa. Só depende de ti!
Boa sorte a toda a futura caloirada de 2018!
Quais são as dicas que deixariam a esta nova fornada de estudantes universitários?
1. Tem a certeza de que queres ir para a universidade
Hoje em dia existem inúmeras opções de cursos não universitários que se podem fazer e, que variam, obviamente, tendo em conta as áreas. Para áreas mais práticas, como o turismo, a hotelaria, a restauração, existem inúmeras opções que não passam por seguir um curso superior e, que, se achas que é essa a tua vocação, devem ser exploradas. Acho que as pessoas ainda fazem muito a distinção entre quem segue o caminho da faculdade e quem não o segue, mas na minha opinião têm ambos o seu mérito e, o sucesso nada tem a ver com essa escolha, mas sim com a forma como a pessoa se desenvolve e enfrenta os obstáculos, escolha que caminho escolher.
2. Não te limites às áreas "que dão emprego"
Hoje em dia isto acaba por ser um understatement, porque o desemprego em Portugal está nos 7,4% (dados de abril/2018), tão baixo como em 2003. Sim, existem áreas com mais emprego que outras. Mas hoje em dia quem quer mesmo consegue, basta querer. Por isso não deixes que te desmotivem em ires para o que gostas por causa do emprego. Se fores o melhor, colherás os frutos bem suculentos do teu esforço.
3. Compara faculdades e planos de estudos
Esta é das melhores dicas que posso dar, mesmo antes de falar da minha experiência pessoal. A verdade é que os cursos até podem ter o mesmo nome, mas os planos de estudos variam sempre, nem que seja só um bocadinho, de universidade para universidade. Exemplo: no ISPA (Instituto Superior de Psicologia Aplicada) é dada mais importância à s áreas do desenvolvimento, da personalidade e da prática clÃnica. Na Universidade de Lisboa o plano é muito geral, dando uma vista geral das várias áreas, tal como no ISCTE (ao contrário do que a malta pensa, Psicologia no ISCTE já não é nem 100% nem 20% virada para as empresas). A grande questão aqui é que na Universidade de Lisboa apenas existe mestrado integrado e no ISCTE, existe licenciatura e depois mestrado (tal como no ISPA).
Este é só um exemplo da variabilidade entre as faculdades, mesmo estando a falar-se de um só curso.
4. Não tenhas medo de errar na escolha do curso
Dou o meu exemplo: por esta altura em 2015 estava indecisa entre Biologia/Ciências da Saúde e Psicologia. Depois, através de uma iniciativa da Inspiring Future, percebi que biologia talvez não fosse para mim, mas que gostaria de seguir neuropsicologia e fazer investigação, tendo sido essa a minha motivação para me candidatar a psicologia, no paÃs inteiro. Primeira fase entro em Coimbra e o mundo desaba. Segunda fase entro na minha primeira opção, o ISCTE. O que aconteceu? No fim do primeiro ano toda essa ideia de seguir neuropsicologia caiu completamente por terra e já não era de todo o que eu queria. Passei o segundo ano um bocadinho perdida, até perceber que se calhar eu queria era trabalhar nas empresas, com as pessoas. Três anos depois de ter posto na cabeça que queria neuropsicologia, estou à espera de começar o mestrado em recursos humanos.
O que eu quero dizer é que, se chegares ao fim do 1º ano e achares que afinal aquilo não é bem o que tu querias, tens duas opções: podes sempre mudar de curso, que não é vergonha nenhuma e que é, quase sempre, a melhor coisa que podes fazer; ou continuas no teu curso, que podes não gostar assim tanto, mas que até acabas por perceber que te dá uma data de ferramentas importantes e por vezes te ajuda a aclarar a mente e perceber o que queres na verdade fazer depois de te licenciares.
5. Não tenhas medo de arriscar
A idade ideal para correr riscos é agora. Por isso a minha melhor dica é arriscar. Em tudo neste caminho de faculdade devemos arriscar. Achas que não entras no curso que queres mesmo? Arrisca, tanto em 1ª como em 2ª fase, podes muito bem ter uma surpresa. Achas que faculdade tem pouco para te oferecer sem serem as aulas? Arrisca. Arrisca mesmo, porque já lá foi o tempo em que ser estudante universitário era ir às aulas e fazer avaliações. Arrisca na tua Associação de Estudantes, nas associações estudantis das faculdades, na Tuna quem sabe. Faz mais para além da universidade tradicional. Isso será o que te vai diferenciar e abrir novas portas. Achas que a faculdade é um mundo novo e que ninguém vai perceber-te? Arrisca. Toda a gente já esteve no teu lugar e, se olhares para o lado, verás que tens centenas de pessoas a passar exatamente pela mesma experiência, por isso de todo que estás sozinho.
Há quem diga que a faculdade são os melhores anos da tua vida. Eu digo que a faculdade pode ser isso ou muito mais, ou ainda qualquer outra coisa. Só depende de ti!
Boa sorte a toda a futura caloirada de 2018!
Quais são as dicas que deixariam a esta nova fornada de estudantes universitários?